Entrevista de Fábio Brazil o autor de Gota de Sangue

 
 AUTOR FÁBIO BRAZIL 


Fábio Brazil é paulistano, nasceu na Maternidade São Paulo, perto da Avenida Paulista, poucos dias antes do aniversário da cidade cidade e torce pelo São Paulo Futebol Clube.
São Paulo  é mais uma vez o cenário e a personagem de sua escrita . GOTA DE SANGUE é seu segundo romance, estreou com BOLA DA VEZ em 2009, também pela Digitexto Editora.
Contemplado pelo  ProAC da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, o poeta, professor de literatura, diretor e dramaturgo de dança, vem construindo seu diálogo com a cidade por meio da prosa e dos romances policiais. Formado em Língua e Literatura e reformado pela poesia e pela dança, é codiretor do Caleidos Cia e dirige também o Instituto Caleidos pelo qual presta assessorias em ensino de arte e linguagem verbal. 



A Saleta de Leitura já concluiu a leitura do seu livro GOTA DE SANGUE. Uma história contagiante que fazer sua resenha foi de uma responsabilidade muito grande, pois como leitores procuramos ressaltar a emoção que sentimos, os pontos marcantes, a história em seu conjunto, mas quem somos nós para julgamos uma obra construída pelas mãos de um mestre na literatura.

Já conhecemos a sua brilhante trajetória como poeta, professor de literatura, escritor, diretor e dramaturgo de dança. Fora a importância de suas participações nos projetos voltados a arte e educação da linguagem da poesia, da dança que foram reconhecidos e premiados pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.


Saleta: Como você consegue conciliar a sua vida de professor, poeta, escritor, diretor de dança e tantas outras atividades?
R) Na verdade eu fui juntando essas atividades e me tornando “um homem sem profissão”, parafraseando o título das memórias do Oswald de Andrade; mas resguarde-se aí, por favor, a imensa distância entre o modernista e eu. Comecei juntando o poeta ao professor e cursei Língua e Literatura na PUC; juntei ao professor de Literatura o professor de História da Arte e derivei para produtor de eventos de Arte, abandonando o professor e o ensino formal, nessa lida encontrei na Dança um espaço de diálogo para o poeta, via dramaturgia. Há treze anos faço parte do Caleidos Cia de Dança onde juntei todas as funções e agreguei mais algumas, ficou assim: o poeta me trouxe o dramaturgo e o dramaturgo o diretor de dança; o professor de história da Arte me trouxe o cenógrafo e o fotógrafo; o produtor de eventos me trouxe o produtor da Cia e o professor de Literatura e história da Arte me trouxe o professor de cursos livres - mitologia, poesia - que oferecemos no Instituto que se agregou à Cia de Dança. Não é possível falar de todas essas junções, sem falar de mais uma, juntei à essa “falta de profissão” um casamento, com Isabel Marques, com quem divido a maioria dessas funções.  O escritor de romances foi se agregando a tudo isso e tende a ocupar um espaço de tempo maior, mas como foi o último a chegar, vai precisar se adequar e ser mais uma peça nesse caleidoscópio.

Saleta: Estreou com o livro BOLA DA VEZ em 2009 que foi premiado pelo ProAC da Secretaria de Estado da Cultura. Pode nos falar um pouco sobre esse projeto?
 R) O Bola da Vez foi um projeto que teve um tempo enorme de amadurecimento, nasceu de um conto que escrevi para uma matéria de graduação, ainda na faculdade. Esse conto, que acabou sendo o primeiro do livro, ficou na minha cabeça pedindo continuações, era um conto e ao mesmo tempo apontava para uma história que o ultrapassava. Percebi que o meu desejo não era transformar o conto em um romance, mas ao contrário, o que me instigava mesmo era transformar o romance em contos que se intercomunicassem, e assim nasceu o Bola da Vez, que é um romance constituído por 29 contos curtos e independentes. A ideia ficou comigo mais um bom tempo, apenas como ideia, até ser formalizada em um projeto e apresentada ao ProAC, quando o projeto foi contemplado, não havia mais retorno: o poeta, dramaturgo de dança, iria estrear em livro com um romance policial. É um livro pelo qual ainda tenho muito carinho e acredito que dentro de sua proposta ele está muito bem realizado; os retornos dos leitores são sempre positivos, o que me leva a crer que estreei bem. Há até um blog sobre a pesquisa e a composição do livro (http://livro-bola-da-vez.blogspot.com.br ) que ainda é bastante visitado e serve como diálogo contínuo com os novos leitores.

Saleta: Qual o motivo de seus livros serem romances policiais e terem como cenário a cidade de São Paulo? Foram inspirados em personagem de alguma história ou seriado?
R) Nossa, essa resposta poderia dar uma tese. Há vários motivos para essas minhas escolhas, policiais em São Paulo, motivos que se misturam e se equilibram. Primeiro é preciso dizer que não sou um grande consumidor de romances policiais e nem eles fizeram parte da minha formação como leitor.  Se o prazer da leitura se esgota na “descoberta do autor do crime” então, acabo não passando das primeiras páginas e fico pensando que o cinema pode fazer isso mais e melhor que os livros. Mas o crime tem algo de especial em si, não só para a literatura.
O que nós chamamos de crime e as formas que os crimes assumem revelam muito da sociedade em que vivemos. Decidimos socialmente que algo é um crime, isso revela quem somos, no que acreditamos, o que queremos de nossa sociedade. Os crimes acontecem, assumindo formas estranhas a nós, revelando facetas muito obscuras de quem os pratica, mas sempre intimamente conectadas com os valores defendidos por nós, os “sãos e inocentes”. O ruim, o criminoso, o pervertido muitas vezes são espelhos invertidos de nós mesmos, os “puros e honestos”; muitas vezes, o criminoso realiza um desejo obscuro e sufocado socialmente, mas que explodiu naquela pessoa. Nem é preciso pensar nas perversões sangrentas para entender isso, basta pensar na corrupção dos políticos; todos se horrorizam, todos criticam, mas ao mesmo tempo a grande maioria está sintonizada no mesmo valor em suas vidas, o “ganho financeiro” como o único valor que as rege, justificando tudo, de abandonar os filhos a viver uma vida tão pobre que só tem dinheiro para gastar. Ora, se estão tão horrorizados pelo político só pensar em dinheiro, porque não se perguntam se nas suas vidas eles pensam em outra coisa, buscam outras coisas, acreditam em outras coisas, realizam outras coisas. No fundo, sinceramente, não vejo o político-corrupto de modo tão diferente de como vejo os grandes executivos dos bancos ou das empresas multinacionais, seus valores de vida são idênticos, apenas a uns chamamos de criminosos e condenamos – quando os pegamos – e a outros admiramos, queremos que os filhos sigam o exemplo e que nossas filhas se casem com eles, mas no fundo eles rezam nas mesma igreja e são devotos do mesmo santo, o dinheiro.  Poxa, tudo isso é um prato cheio para a literatura!
São Paulo, para mim, é inexplicável, não por ser inexplicável em si, porque é mesmo, mas pelo que sinto por essa cidade. Amo-a perdidamente e jamais cogitei nem a mais remota ideia de viver fora daqui, só a simples menção da ideia me enche de tristeza e saudade antecipada. Claro que como todo amor, o meu também me cega para o grande problema urbano que São Paulo se tornou.
Numa explicação racional, poderia dizer que São Paulo é grande como as grandes e acolhedora como as pequenas, é cosmopolita como as capitais do mundo e provinciana como os povoados, é rica como as mais ricas e miserável como as remotas aldeias, é brutal e absurda como outras tantas e pacata como os balneários, mas tudo ao mesmo tempo! No Bola da Vez, por exemplo, o bairro do Bixiga funciona como uma cidadezinha dentro da megalópole, no Gota de Sangue o Centro é a cidade grande que o policial “interiorano” que mora no bairro do Cambuci tem que enfrentar. São Paulo tem cenário e palco para todas as histórias, todos os tipos, todas as possibilidades; por não ter uma cara facilmente reconhecível, isso liberta o escritor para poder pintar a cara que ele quer, que outra cidade me daria isso?
A inspiração para as personagens chegam de vários lugares, das vivências pessoais às pesquisas, das pesquisas de campo – sair andar, sentir, conversar – com as pessoas do lugar sobre o qual estou escrevendo às lembranças das histórias de família. Personagens de outras histórias ou seriados interessam para fugir, se forem muito boas, há o risco de plágio, de colagem, se forem muito ruins funcionam como aviso.

Saleta: Sabemos que é um amante da poesia e que o GOTA DE SANGUE foi inspirada no poema de Mário de Andrade. Sendo um poeta e amante da poesia já tem algum livro publicado?
R) O contato com a poesia continua, de certa forma é o que mantém uma certa organização interna no “homem sem profissão”, mas publicar em livro nunca foi, nem é minha prioridade. Não que eu as guarde para mim, pelo contrário, divulgo-as por outras vias, desde os eventos de declamação que mantemos no bar que há na sede da Cia de Dança a contribuições com sites e blogs. Toda semana enviamos um Boletim com a programação da Cia de Dança e viaja junto ao Boletim um poema meu, mas o livro ainda não aconteceu. Poesia já não é fácil, em livro então... basta pensar em quantos livros de poesia as pessoas têm nas suas casas, quantos você comprou nos últimos dois anos. A prosa tem um caminho bem mais pavimentado, não que seja fácil, pelo contrário, mas alguns conseguem chegar a um asfalto liso e sinalizado a bordo do bom carro de suas obras. Não podemos esquecer que a Língua Portuguesa jamais sustentou um poeta, nenhum jamais viveu de sua obra. O livro é um bom suporte, é um suporte nobre e respeitado, mas não é o único possível.

Saleta:Sabemos que cria um blog mostrando aos seus amigos e leitores o andamento e pesquisa da criação de sua obra. Como disse “uma espécie de diário de bordo público.” Esse blog o ajuda a construir sua história?  Chega a mudar muito o seu roteiro em função de opinião dos leitores?
R) No Bola da Vez essa experiência foi mais radical. Mandava o conto-capítulo para cada leitor que pedisse e aguardava os retornos. Primeiro para saber se funcionavam como contos independentes, saber se o leitor fruiu uma história completa e satisfatória, e depois, claro, para saber dos problemas antes de publicar. Alguns retornos trouxeram diálogos cruciais, levantando questões que precisavam ser resolvidas. Já na escrita do Gota de Sangue não houve “degustação”, o blog serviu para expor a pesquisa, para sintonizar o leitor com o livro e conhecer as memórias das pessoas sobre o ano de 1985, ano em que se passa o romance (http://gotadesangue.caleidos.com.br ). Adoro fazer os blogs durante a escrita dos romances, esse diálogo com os futuros leitores, quebra um pouco a “solidão” do escritor, você fica escrevendo e “conversando” com que se aproximaram.

Saleta: Como conseguiu citar cada bairro de São Paulo com tantos detalhes e inclusive descrevendo o antes e depois (1960 – 1985) ?
R) Há coisas que só uma pesquisa profunda pode responder e você precisa dessa informação no texto, não tem jeito, precisa ir atrás. Para o Gota de Sangue, eu precisava saber coisas bem determinadas sobre o ambiente policial, sobre os andamentos de uma investigação e sobre a história recente da Polícia Civil de São Paulo. A internet ajuda, e muito, mas não resolve tudo; solução: bater a cara. Fui no Instituto Médico Legal, no Museu do Crime e na Academia de Polícia, em todos esses lugares tentei encontrar pessoas para conversar, para perguntar. Na ACADEPOL fui parar numa das vice-presidências e tive contato com o Dr. Claudio Kiss, um gentleman, se empolgou pelo projeto, discutiu ideias comigo, me explicou os passos de uma investigação, de uma autópsia, enfim, coisas que somente um grande policial como ele poderia explicar. Gostei tanto que fiz uma homenagem a ele no livro, ficou sendo um professor do qual o Lúcio lembra com carinho.
Sobre São Paulo já há bastante material na internet, há registros fotográficos importantes e muitas teses nas faculdades de arquitetura e urbanismo, tem que ir buscar. Mas há um truque que acontece com todos os autores, você vai atrás de uma coisa e acha outra que se torna irresistível e você precisa colocar no livro, um exemplo disso foi o detalhe da Casa das Rosas na Paulista. Eu estava estudando as obras de Ramos de Azevedo, o arquiteto que fez muitas obras importantes no Centro de São Paulo, descobri que a Casa das Rosas – hoje um espaço importante para a poesia da cidade – foi o presente de casamento do Dr. Ramos de Azevedo para a filha, é uma casa que ficou famosa pelas roseiras, daí o nome; bem, eu precisava de um roseiral para que um nariz fosse deixado, assim me obrigava o poema de Mário de Andrade; impossível não ligar as duas coisas.

Saleta:Você é co-diretor do caleidos Cia e dirige também o Instituto Caleidos onde dá assessoria no ensino da arte e linguagem verbal . Poderia nos dizer qual a origem do nome Caleidos? Dentro de tantas atividades qual a que mais gosta?
 R) Caleidos, vem de caleidoscópio, que era o nome da Cia de dança, bem no início, antes até de eu conhecer a Isabel que dirige a Cia comigo e de fato “entende de dança”. Caleidos apareceu como apelido e acabou pegando. Caleidoscópio, numa tradução simples do grego seria “olhador de belas imagens”, onde “scópio” traz o olhar, espiar, copiar; “eidos” traz imagens, ídolos; e “cale” traz belo, beleza, é o mesmo prefixo que está em cale/grafia. Caleidos, além de mais sonoro e original, ficou bom, quer dizer “belas imagens”.
Na verdade eu gosto de todas as atividades que desempenho. De fato, adoro dar aulas nas acessórias e cursos; adoro as falas e palestras; sinto-me cada vez melhor num estúdio de dança para ensaiar e dirigir; gosto de virar noites fazendo cenários, adoro fotografar os espetáculos e escrever é um deleite, é uma forma de oração, seja um poema, uma dramaturgia, um artigo ou um romance. Hoje, se eu tivesse que escolher apenas uma dessas atividades teria uma grande dificuldade. Quando eu passo muito temo apenas me dedicando a uma delas, sinto falta das outras, sinceramente, não sei mais qual seria a que mais gosto.

Saleta: Escolheu estudar língua e literatura por já ser um amante dessa arte? Quando realmente pensou em ser  um escritor?
R) Na verdade eu acho que “homem sem profissão” sempre me acompanhou. O caso é que eu jamais pensei em ser outra coisa, jamais sonhei com outra coisa, jamais quis outra coisa. Claro que nesse pensar, nesse sonhar, nesse querer havia muito de ingenuidade e inocência, escrevi meu primeiro poema com doze anos e a partir dali passei a me entender como o “sujeito que faz poemas”. Se volto a antes disso, antes dos doze, lembro de minha curiosidade pelas palavras, meu gosto por brincar com elas e como era encantador vê-la nas bocas dos “mais velhos”. Não fui exatamente um menino leitor, brinquei muito mais do que li. Foi mais na adolescência que a poesia me pegou de jeito e eu devolvi na mesma moeda, passei a estudar seriamente, eu tinha que saber como aquilo funcionava; Drummond foi minha banda de rock, Pessoa foi meu cantor predileto, Augusto dos Anjos foi meu ator preferido. Fazer Língua e Literatura na PUC foi um passo mais sério, ou menos inocente, como queira, dentro desse menino. Mas às vezes ainda me pego tão ingênuo e sonhador como era na infância.

Saleta:Depois do Gota de Sangue você já está programando escrever  outro livro?
R) Sim, e claro, vai ser um policial que se passa em São Paulo. Às vezes penso em escrever uma continuação do Bola da Vez, envelhecer um pouco o Faustino, mostrar o que aconteceu com algumas personagens. Por outro lado já há alguns temas que estou pesquisando um pouco, começando a juntar material por dentro e por fora. Não há exatamente um projeto, mas alguns temas que estou com vontade de me aprofundar; década de vinte, homossexualismo, crime passional, sistema de arte – críticos, artistas, jornalista – São Paulo antigo, claro, acho que vou bater lá pela Semana de 22, mas não sei ainda. Quando a história de fecha na cabeça é que o romance começa, então... é esperar e ficar ocupando as insônias com ideias.

Saleta:Qual o recado que você deixaria para os seguidores e leitores da Saleta de Leitura?
R) O recado é um agradecimento; sem leitores, não há literatura, pelo menos não para mim. Já é senso e o lugar comum, é um chavão, uma frase pronta, dizer que escrever é ato solitário, e é, sem dúvida, mas para mim, é solitário e solidário. Sem o leitor, sem o outro, eu não vejo o menor sentido em escrever. Então, só posso agradecer aos leitores. É para o outro que escrevo, para você. Eu preciso dos leitores. Puxa, sabe aquele cara em seu gabinete, conversando com a eternidade, no idioma dos profetas, utilizando línguas obscuras, passando ao largo dos seus contemporâneos, é o máximo! Mas não sou eu. Eu escrevo para você! Para você ler, entender e se tudo der certo, gostar. Assim, meu recado é que se mantenham leitores, que permitam que a leitura faça parte de suas vidas, a vida fica maior com os livros. Obrigado Irene, por construir um lugar onde podemos nos tornar maiores.

Agradecemos o seu carinho em nos conceder essa entrevista e parabenizamos pela excelente obra que já é um sucesso.
Abraços
 


Está sem tempo para ler agora? Então volte mais tarde , pois vale a pena ler a entrevista do autor Fábio Brazil.  Você que gosta de uma boa leitura, que gosta de escrever, que sonha em editar um livro ou até mesmo escreve por hobby vai ficar maravilhado com o que nos conta sobre sua trajetória como professor, poeta e escritor.

Estaremos lançando o SORTEIO de um exemplar do livro GOTA DE SANGUE autografado e o seu comentário aqui já vale  um ponto.



6 comentários

  1. Muito legal a entrevista, gostei de conhecer um pouco sobre o autor e ficar conhecendo a sua obra ;)

    Renata
    http://escutaessa.blogspot.com.br
    http://www.facebook.com/BlogEscutaEssa
    @blogescutaessa

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  2. O Fabio realmente tem um jeito de contar/narrar muitooo legal, até mesmo quando a narrativa se refere a fotos da sua vida!!!

    E sim, como estou lendo Gota de sangue ando sofrendo de amor pela narrativa dele, mesmo tendo quase aversão por romances policiais...

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  3. Muito bom deixar um pouco as histórias dos livros e conhecer a personalidade do autor... Parabéns pela entrevista!

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  4. Nossa, ele faz um blog por livro... a ideia é boa, mas de onde ele tira tempo para escrever, então? Eu ficaria só brincando de blog. E ser uma pessoa "sem profissão" é invejável... um dia eu também quero isso!

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  5. Bela entrevista.
    É uma ótima maneira de conhecer o autor de um livro que, aparentemente, parece ser incrivel.

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  6. Gostei muito da entrevista ...
    o autor é muito bom com as palavras e ao conhecer um pouco mais do
    autor a obra também se torna mais rica ... tô ainda mais curiosa para
    ler "Gota de Sangue"!!!

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